Tenho pensado em postar a minha
foto trajando um vestido vermelho lindo!
Só tive a oportunidade de o usar
2 vezes, uma no meu aniversário, onde o substitui rapidamente, e outra num
jantar beneficente. Confesso que, sempre achei que o caimento poderia ser
melhor mas, em cima do meu amado salto, sempre me sinto a TESS em pessoa
kkkkkk.
Estava eu a metade da minha
escrita, quando uma leitora começou a falar comigo, papo vai, papo vem, resolvi
lhe fazer um convite (para participar de um projeto novo), a resposta não tardou
a chegar. Ouvir um sonoro NÃO, magoou confesso! A pergunta não se calou e perguntei
porquê? “ Tu és diferente, uma pessoa a se admirar, um exemplo a seguir!” me
disse!
Tive de explicar que não sou tudo
isso, sou apenas uma aspirante a blogger, que por considerar a experiência de
vida algo útil, quis aos poucos partilhar com quem me quisesse ler e, com essas
partilhas conseguir ajudar quem passa por uma situação parecida com a minha. O projeto
vai mesmo nesse sentido, porém, por enquanto não posso desenvolver muito e
espero que compreendam.
Eu sempre fui gorda, na
adolescência já pesava mais de 100 kg, e ainda carrego esse peso. Já ouvi quase
tudo nessa vida:
- Que podia ficar linda se
emagrecesse;
- Que tenho uma cara linda, se emagrecesse
então….;
- Que ninguém nunca ia gostar de
mim por ser gorda;
- Que nunca ia conseguir ter um
relacionamento com um Homem por causa do meu peso;
- Que em breve vou explodir;
- Que não passaria dos 30 anos
com esse peso;
- Se nunca fiz transbordar uma
piscina quando entrei nele.
Enfim, poderia passar o dia todo
lembrando das atrocidades que já me foram ditas e que já me magoaram.
Na verdade eu não era como sou
hoje, tornei-me assim, mas antes de chegar no ponto de hoje, andei muito, sofri
muito!
Na verdade, sempre tentava não
sofrer com os insultos, apelidos e brincadeiras de mau gosto. Optei por sorrir
de tudo o que me fizesse sofrer. O sorriso era gigante e as gargalhadas eram
estridentes quando um apelido doía, a intensidade da dor era demostrada no tamanho
e som do sorriso e da gargalhada. Enfim, ri-me de tudo o que me fazia sofrer.
Esta era a minha forma de chorar
a minha dor, não com lágrimas mas com sorrisos e gargalhadas. Até chegar o dia
em que me afoguei com as lágrimas que guardei por dentro. Afinal, sofri por
anos a fio!
Lancei mão das coisas que podia,
perdi peso, ganhei forma, pensei que iria passar a me amar. Aumentei
exponencialmente o número de interessados a namorados, passei a cativar olhares
dos rapazes.
Bem tentei manter os
relacionamentos, mas a insegurança, os efeitos adversos daquilo que tinha
ouvido sempre tiveram um peso fulcral.
Foi preciso amadurecer, passar a
gostar de mim mesma, do interior e não do exterior da aparência, para que
pudesse encarar uma relação forma madura e feliz.
É claro que caminhos como esses
nunca são trilhados de forma completamente solitária e, mesmo ainda sem saber,
muitos foram os que ajudaram. Afinal nunca quis dividir esse sentimento com os
familiares ou amigos e isso, obrigou a que passasse mais tempo em trabalho, me
recuperando.
Ginásios, maquiagem, cortes e
mudança de cor no cabelo, lentes de contacto, tudo servia para que tentasse me
sentir bela, ir contra aquilo que me diziam.
CONCLUSÕES:
Não serve.
De nada serve mudar por fora se
eu não mudar por dentro.
De nada serve, cortar, pintar o
cabelo, se não me sinto bem.
Fui matéria de um blog, onde fui
vista como sempre quis, recebi elogios, mas de pouco ou nada serviu. Afinal,
não basta os olhares dos outros, a aprovação deles, precisava me amar, me aprovar
e acima de tudo, me apoiar.
Por isso mudei de estratégia, deixei
o tempo passar e levar todas as alterações que fiz. Voltei ao natural.
Deixei de me maquiar, usar
brincos e acessórios, passei a ser uma descuidada diria.
Afinal, nada valeu mudar o look,
perder peso. Não me amei mais por isso!!
Durante muito tempo, passei a
aprender a gostar e a amar-me da forma como sou!
Flácida, gorda, com estrias,
desajeitada, pequena, com celulite….
Pude ver nesse tempo, o quão
lindo é o meu sorriso, a expressão dos meus olhos, a beleza dos meus cabelos
curtos e encaracolados.
Amo a minha barriga gigante e
cheia de celulite, o meu dedo torto que carrega a minha aventura de infância....o
meu sorriso que apesar de torto continua lindo.
Sim, aprendi a amar-me! E isso me
deu forças para enfrentar a vida e os seus desafios, e acima de tudo ser feliz!!!
Não, não aprendi a ser assim da
noite para o dia!!! Muito menos foi fácil! Mas foi possível.
Se amamos a nós mesmos, as
pequenas mudanças e alterações fazem a diferença.
O cabelo que ontem era castanho e
hoje é loiro tem um outro sabor, um outro efeito, servem para me sentir mais
linda, e não me tornar linda!
Não, a minha vida não se tornou
perfeita, ainda carrego os meios e anseios, mas acredito em mim e no progresso
que posso trazer a mim mesma.
Acima de tudo acredito em MIM e é
isso o essencial, o que quero fazer passar aprender a amar a nós mesmos acima
de tudo.
Beijos plus
Nathaly
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